“A eleição está aí, minha
gente!”, é ela está. Há alguns anos não via alguns de meus conterrâneos tão
simpáticos e prestativos, e não é que são candidatos?!
John
Stuart Mill disse que “o provérbio que afirma que a verdade sempre triunfa
sobre a perseguição é uma daquelas falsidades aprazíveis que os homens repetem
uns após outros até se transformarem em lugares-comuns, mas a experiência
refuta. A história está repleta de exemplos em que a verdade e a bondade foram
esmagadas pela perseguição”. Como seres humanos que somos preferimos acreditar
que o melhor sempre ocorrerá, pura ilusão. A história demonstra, em letras de
sangue, que o mal triunfou por muitas vezes fazendo com que verdadeiras
multidões fossem dizimadas e as demais vivessem sob o comando de governantes
cruéis e autoritários.
Passados
os governos de Hitlher; Stalin; Calígula; Nero; Átila e tantos outros, chegamos
ao nosso tempo e nos deparamos com a chamada “Democracia”, o conceito de
democracia deve ser analisado de acordo com o contexto político social, em
nosso caso o Estado Democrático de Direito, abrangendo, então, a supremacia da
vontade popular, a igualdade de direitos e a preservação da liberdade. Chegamos
ao ponto essencial, o respeito a vontade do povo.
A
soberania popular,nada mais é do que o poder nas mãos do povo, o poder de
escolha dos seus governantes. O fato é que, aquele pacto social criado outrora
no sentido de que cada cidadão cede uma parte de sua liberdade a fim de ter um
representante que zele por seus interesses e regule a ordem social está em
pleno vigor! Ou seja, os cidadãos também são responsáveis pelos atos cometidos
por quem está no poder, não diretamente, mas indiretamente sim. Moralmente sim.
Socialmente sim.
Nesta
semana acompanhamos o julgamento do chamado “Mensalão”, que como todos sabem
foi o esquema de compra
de votos de parlamentares, deflagrado no primeiro mandato do governo de Luís Inácio Lula da Silva,
os protagonistas deste caso de desvio de verbas públicas estão nas manchetes de
todos os jornais, as defesas estão sendo apresentadas e rebatidas, o STF vem
apresentando perguntas aos advogados de forma a elucidar melhor o caso. Teses
belíssimas estão sendo apresentadas, uma bela atuação do Ministério Público
Federal. Ligue seu televisor e acompanhe com sua família, algumas “fichas”
cairão.
Irresponsáveis aqueles
cidadãos que tem a amizade como método de escolha de seus candidatos; imorais,
para dizer o mínimo, aqueles que agem como se o voto fosse instrumento de
barganha. Alguns valores estão sendo esquecidos, dentre eles a honra e a
honestidade. Isso tudo me faz pensar naquele dito popular, tão sábio, “ cada
povo tem o governante que merece”, usar o poder de escolha de forma imprudente
acarreta consequências graves não só para quem vota, como para toda a sociedade,
o que abrange, também, as crianças e os idosos (muitos não eleitores), por isso
a cautela é um dever.
Sinceramente, na minha
cidade, é praticamente impossível de se escolher um candidato à vereador para
as eleições deste ano. Difícil, muito, muito difícil. Preocupante, pois as
eleições municipais são as que mais se “sente” os resultados, é o nosso campo
de vivência, de estudo, trabalho, lazer, é onde nossos familiares e amigos (a
maioria) residem. O reflexo é sentido rapidamente.
O poder tende a corromper, e o poder
absoluto corrompe absolutamente.
João Dahberg, primeiro Barão de Actom