domingo, 26 de agosto de 2012

É pra rir ou chorar?


“A eleição está aí, minha gente!”, é ela está. Há alguns anos não via alguns de meus conterrâneos tão simpáticos e prestativos, e não é que são candidatos?!

            John Stuart Mill disse que “o provérbio que afirma que a verdade sempre triunfa sobre a perseguição é uma daquelas falsidades aprazíveis que os homens repetem uns após outros até se transformarem em lugares-comuns, mas a experiência refuta. A história está repleta de exemplos em que a verdade e a bondade foram esmagadas pela perseguição”. Como seres humanos que somos preferimos acreditar que o melhor sempre ocorrerá, pura ilusão. A história demonstra, em letras de sangue, que o mal triunfou por muitas vezes fazendo com que verdadeiras multidões fossem dizimadas e as demais vivessem sob o comando de governantes cruéis e autoritários.

            Passados os governos de Hitlher; Stalin; Calígula; Nero; Átila e tantos outros, chegamos ao nosso tempo e nos deparamos com a chamada “Democracia”, o conceito de democracia deve ser analisado de acordo com o contexto político social, em nosso caso o Estado Democrático de Direito, abrangendo, então, a supremacia da vontade popular, a igualdade de direitos e a preservação da liberdade. Chegamos ao ponto essencial, o respeito a vontade do povo.

            A soberania popular,nada mais é do que o poder nas mãos do povo, o poder de escolha dos seus governantes. O fato é que, aquele pacto social criado outrora no sentido de que cada cidadão cede uma parte de sua liberdade a fim de ter um representante que zele por seus interesses e regule a ordem social está em pleno vigor! Ou seja, os cidadãos também são responsáveis pelos atos cometidos por quem está no poder, não diretamente, mas indiretamente sim. Moralmente sim. Socialmente sim.

            Nesta semana acompanhamos o julgamento do chamado “Mensalão”, que como todos sabem foi o esquema de compra de votos de parlamentares, deflagrado no primeiro mandato do governo de Luís Inácio Lula da Silva, os protagonistas deste caso de desvio de verbas públicas estão nas manchetes de todos os jornais, as defesas estão sendo apresentadas e rebatidas, o STF vem apresentando perguntas aos advogados de forma a elucidar melhor o caso. Teses belíssimas estão sendo apresentadas, uma bela atuação do Ministério Público Federal. Ligue seu televisor e acompanhe com sua família, algumas “fichas” cairão.

            Irresponsáveis aqueles cidadãos que tem a amizade como método de escolha de seus candidatos; imorais, para dizer o mínimo, aqueles que agem como se o voto fosse instrumento de barganha. Alguns valores estão sendo esquecidos, dentre eles a honra e a honestidade. Isso tudo me faz pensar naquele dito popular, tão sábio, “ cada povo tem o governante que merece”, usar o poder de escolha de forma imprudente acarreta consequências graves não só para quem vota, como para toda a sociedade, o que abrange, também, as crianças e os idosos (muitos não eleitores), por isso a cautela é um dever.

            Sinceramente, na minha cidade, é praticamente impossível de se escolher um candidato à vereador para as eleições deste ano. Difícil, muito, muito difícil. Preocupante, pois as eleições municipais são as que mais se “sente” os resultados, é o nosso campo de vivência, de estudo, trabalho, lazer, é onde nossos familiares e amigos (a maioria) residem. O reflexo é sentido rapidamente.

 

O poder tende a corromper, e o poder absoluto corrompe absolutamente.

João Dahberg, primeiro Barão de Actom